Especialistas afirmam: Vale a pena sacar o FGTS?

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, mais conhecido como FGTS, é um direito de todo trabalhador com carteira assinada. Criado para proteger o trabalhador em situações de demissão sem justa causa, se tornou uma reserva financeira obrigatória que pode ser sacada em momentos específicos. Mas, diante das possibilidades atuais de saque-aniversário, saque emergencial ou saque por demissão, muitos se perguntam: vale mesmo a pena sacar o FGTS?

Neste artigo, especialistas explicam quando sacar o FGTS pode ser vantajoso, quais os riscos, as melhores formas de usar esse dinheiro e o que você deve avaliar antes de tomar sua decisão. Acompanhe até o final e descubra se sacar é a melhor escolha para você!

O Que É o FGTS e Como Funciona?

Antes de tudo, é importante entender como o FGTS funciona. Trata-se de um fundo formado por depósitos mensais feitos pelo empregador, correspondentes a 8% do salário bruto do trabalhador. O valor é depositado em uma conta na Caixa Econômica Federal vinculada ao contrato de trabalho.

Além disso, ele rende juros de 3% ao ano, acrescidos de atualização monetária (TR). Embora esse rendimento esteja abaixo de outras aplicações financeiras, ele tem uma característica única: é uma espécie de poupança forçada que só pode ser acessada em situações específicas, como:

  • Demissão sem justa causa;
  • Aposentadoria;
  • Doenças graves;
  • Compra da casa própria;
  • Falecimento do trabalhador (liberado para herdeiros).

Mais recentemente, o governo criou modalidades alternativas como o saque-aniversário e o saque emergencial, que ampliaram o acesso a esses recursos.

Quanto rende o dinheiro no FGTS?

Essa é uma das dúvidas mais comuns entre os trabalhadores. Afinal, se o FGTS é uma forma de poupança forçada, vale a pena deixá-lo rendendo parado?

A resposta depende do seu objetivo financeiro. Mas vamos aos números.

Atualmente, rende 3% ao ano + Taxa Referencial (TR). Na prática, considerando o cenário recente da economia, esse rendimento gira entre 3,5% a 4% ao ano — bem abaixo da inflação e de investimentos tradicionais como Tesouro Selic, CDBs ou até a poupança em alguns momentos.

💡 Para efeito de comparação:

  • FGTS: 3,5% a 4% ao ano (em média)
  • Poupança: 6,17% ao ano (quando Selic > 8,5%)
  • Tesouro Selic: cerca de 10% ao ano (varia com a taxa básica de juros)

Portanto, o dinheiro parado no FGTS perde poder de compra ao longo do tempo, principalmente se comparado a outras alternativas de investimento. É por isso que muitos especialistas recomendam o saque quando há planejamento para aplicar esse recurso de forma mais inteligente ou quitar dívidas.

Por outro lado, oferece segurança, pois não sofre oscilações de mercado e funciona como um fundo de emergência trabalhista, o que ainda o torna útil para quem não tem outra reserva.

Modalidades de Saque do FGTS

Hoje, existem três formas principais de sacar o FGTS, além das situações tradicionais. Entenda cada uma:

1. Saque-aniversário

Para além do anúncio recente, também é possível sacar os recursos do FGTS anualmente. Existem duas modalidades-padrão de saque: em caso de rescisão e o saque-aniversário. Nesse caso, as retiradas do são feitas seguindo um calendário conforme o mês de aniversário do trabalhador.

Vantagens:

  • Acesso anual a uma parte do saldo;
  • Pode ser utilizado como garantia de empréstimo consignado FGTS.

Desvantagens:

  • Não dá direito ao saque total em caso de demissão.

2. Saque Emergencial (liberado em situações especiais)

  • Essa modalidade foi criada em contextos de calamidade pública, como em 2020, durante a pandemia da Covid-19.
  • Os valores e critérios variam conforme a legislação do momento.

3. Saque por Necessidade (doença grave, aposentadoria, etc.)

  • Em casos mais sérios, pode ser liberado integralmente, incluindo:
  • Diagnóstico de câncer ou HIV;
  • Situações de calamidade pública (enchentes, desastres naturais);
  • Falecimento do titular (saque por dependentes);
  • Aposentadoria.

Quando posso sacar o FGTS?

Além de ser possível sacar o FGTS nos casos de demissão, na aposentadoria ou no mês de aniversário, para quem optou por essa modalidade, por exemplo, há outros casos em que é permitido resgatar os valores. Entre eles estão: no término do contrato por prazo determinado e na rescisão por acordo.

Afinal, Vale a Pena Sacar o FGTS?

Depende do objetivo e do contexto financeiro do trabalhador. Vamos explorar os principais pontos que você deve considerar antes de sacar seu FGTS.

1. Você Está Endividado?

Se a resposta for sim, sacar para quitar dívidas com juros altos é altamente recomendável.
Cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos pessoais podem cobrar juros acima de 10% ao mês, enquanto o rendimento do FGTS gira em torno de 3% ao ano + TR.

Exemplo realista:
Uma dívida de R$ 5.000 no cartão pode virar R$ 10.000 em menos de 8 meses. Se você tem esse valor no FGTS, usá-lo para quitar a dívida pode economizar milhares de reais.

2. Você Vai Usar Para Investir?

Investir o saldo do FGTS pode ser vantajoso, desde que o destino do investimento seja mais rentável e tenha riscos calculados. Alguns exemplos são:

  • Tesouro Direto (Selic): baixo risco, liquidez e rendimento acima do FGTS;
  • Fundos Imobiliários (FIIs): boa rentabilidade e rendimento mensal;
  • Renda fixa privada (CDBs, LCIs): também com rentabilidade superior à do FGTS.

Mas atenção: não vale a pena trocar segurança por risco alto. Evite usá-lo para apostas ou investimentos em criptomoedas, por exemplo, se você não tem conhecimento sobre o assunto.

3. Você Está se Aproximando da Aposentadoria?

Se estiver perto de se aposentar, pode ser vantajoso manter o saldo do FGTS como reserva, já que o benefício será liberado integralmente na concessão da aposentadoria.

Nesse caso, o saque antecipado só vale a pena se houver uma boa justificativa financeira, como quitar dívidas ou investir com segurança.

4. Você Pretende Comprar um Imóvel?

Se você tem planos de adquirir um imóvel, guardar o FGTS pode ser mais inteligente.
Esse fundo pode ser usado como entrada, amortização de parcelas ou até quitação total do financiamento. Além disso, o uso para habitação tem benefícios exclusivos pela Caixa.

Dica prática:
Você pode utilizar o saldo do FGTS a cada 2 anos para amortizar ou quitar parcelas do financiamento de imóvel residencial.

Como Fazer o Saque do FGTS?

Hoje, é possível fazer o saque do FGTS diretamente pelo aplicativo FGTS, disponível para Android e iOS.
Veja o passo a passo:

  1. Baixe o app “FGTS” da Caixa Econômica.
  2. Faça login com CPF e senha cadastrada.
  3. Consulte o saldo disponível.
  4. Selecione a modalidade de saque desejada.
  5. Escolha a conta bancária para transferência (inclusive de outros bancos).
  6. Aguarde o prazo de liberação.

Importante: Verifique se há pendências no seu cadastro e mantenha seus dados atualizados.

O FGTS é seu, mas o uso deve ser estratégico!

O FGTS é um recurso valioso, porém com função social e financeira específica. Utilizá-lo com sabedoria pode trazer ótimos resultados, seja para quitar dívidas, investir com segurança, comprar seu imóvel ou até mesmo organizar a vida financeira.

No entanto, é fundamental evitar o uso impulsivo e pensar sempre no impacto de longo prazo. Afinal, esse dinheiro pode fazer diferença no seu futuro.

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